segunda-feira, outubro 15, 2007

Roubos

Sem pudor, roubei esta citação de um blog alheio, como faço quando gosto de alguma coisa... Não, não sou cleptomaníaca. Isso se restringe às citações e a outros bens não materiais. Nada de atentar contra a propriedade privada, te asseguro John Locke.
Segue...
"A descoberta da mulher de nossas vidas funciona como uma boneca russa. Você tem que ir abrindo cada uma delas, uma escondida dentro da outra, até chegar à última. Mas você nunca sabe qual é a última boneca até chegar nela. E às vezes ficamos com medo de ver se ainda há outra boneca escondida dentro daquela que a gente julga ser a última." (Filme Bonecas Russas)
Pois, sigamos todos na descoberta deliciosa do outro, dia após dia...
***
"O presente me exige doses cavalares de racionalismo".
Por mais que a Anna me diga ser anti-ético se citar, gostei desta frase que surgiu no comentário do Firulas.
Aliás, aproveito para mais um roubo...
Sábado, Setembro 22, 2007

Um retrato cretino da esperança
Quando ela saiu, fez questão de levar a chave e deixá-lo trancado em casa. Disse para esperá-la, que voltava, e que trazia pão fresquinho e carinho. Que esperasse. Depois, bateu na casa de cada vizinho e convenceu a todos que deveriam sair dali. Que era melhor, e que não se preocupassem, que ela chamava a empresa de demolição. Derrubou-se todo sinal de moradia num raio de quilômetros, até onde a vista dele alcançava. Dedetizou a região; mataram-se as pragas, e junto com elas simpáticas formigas, grilos, gatos e marias-sem-vergonha. Depois, calou o vento e os pássaros. Em seguida, mandou apagar o sol, e desintegrar a lua. Voltou um tempo depois, e parou em frente à casa trancada. Sem ar que vibrasse as suas palavras, teve que passar um bilhete por baixo da porta. Avisava que demoraria mais um pouco, que era um imprevisto, que esperasse. Despedia-se com um beijo, cheio de promessas. Depois, fez queimar o bilhete, e a si mesma.Que esperasse.

2 comentários:

Stephanie disse...

eu quero ver bonecas russas! vc já viu o Albergue Espanhol, Malu?? (eu gosto tanto)

não acho que se citar seja antiético - o problema é às vezes pode soar arrogante. O que também não é verdade.

Quando produzimos uma boa frase merecemos uma citação. Nem que seja feita por nós mesmas!hahahaha

gosto muito deste texto do Bê.

beijos

Anônimo disse...

Que inveja ver que este blog continua firme e (muito) forte. Tanto tempo não passava por aqui.

Ave! Vida longa!

Eu postei hoje, mas não sei até quando (e eu que quase esqueci o link do meu próprio blog quando fui postar).
Passa lá...
bjs!!!