Por Email...
- Pensei agora: acho que tenho um pouco da ambiguidade beauvoiriana... A diferença é que nunca disse, nem publiquei livros dando a entender que eu era outra, diferente rsrs. Mas verdade seja dita: ninguém pode ser culpado por não ser uma coisa só.
Resposta...
- Acho que ninguém é uma coisa só... E, principalmente, que a ambiguidade sempre faz arte das pessoas. Às vezes ser mais sincero consigo mesmo pressupõe ser ambíguo*. E talvez tenha sido aí que a Simone (íntimas!) tenha, a meu ver, vacilado. Por que ela não admitia que pagava pau pro baixinho gordinho e zarolha, pô??!! Não, tinha que bancar a durona, a poderosa... Ela teve sua relevância, claro, não penso diferente disso não. Mas acho que, no final das contas, ela acabava se igualando às mulheres quadradonas das quais ela tentava se diferenciar.
*Adorei essa frase!
4 comentários:
você falou na sexta algo do tipo "são muitas vidas para uma vida só" - acho que o problema da Simone foi ter escolhido uma vida fora do modelo, mas quando ela quis algo que lembrava a estabilidade da 'vida burguesa' que ela quis tanto descontruir, ela não percebeu que poderia viver várias vidas, sem que isso destruísse a credibilidade intelecutual ou o relacionamento com o Sarte.
afinal, se ele dizia que romances contingentes não atrapalhavam a relação dos dois, ela também tinha o direito de ir atrás de uma grande paixão, né
Boa a resposta, hein? ;)
Bjs.
Quanta ignorância sobre "Simone"
Opa! Alguém parece tímido demais para dividir seus conhecimentos...
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