Os jardins do último post foram para o espaço com umas pinceladas... Abaixo, Planos. Com uma iluminação externa, as cores ganham mais vida. Ainda aprendo a colocar essa luz na tela!
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Arte com o jardim do vizinho...
Esta é minha primeira tela pintada inteiramente com pincéis e com tinta a óleo! Na verdade, ela foi feita em duas partes. Assim que terminei a primeira, fiz a foto que segue logo abaixo. Mas ainda senti que faltava jogar na telaum pouco mais de 'confusão'. Portanto, a versão final é a das duas últimas fotos. O nome do quadro é Verdes jardins.
E a versão acabada! Só não vale chorar pela tinta derramada :(
terça-feira, fevereiro 24, 2009
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
"Casal de cor"
Eis mais uma obra da artista "amadora"! Sem pudores, resolvi brincar com as cores e ângulos ao fotografar o quadro e postá-lo, dando uma valorizada no casal... Aqui, estão dois dos resultados que mais gostei.
Casal de cor não segue o 'padrão' que vinha estabelecendo, de pinturas soltas e sem uma forma muito definida. Resolvi ousar e percebi como é difícil colocar no papel as imagens que passam pela cabeça.
Inicialmente, em Casal de cor aparecia a mulher de frente (pena que não fotografei esse estágio!). Mas não consegui dar a ela uma feição que me agradasse. Tentei de várias formas fazer os olhos, boca e nariz. O resultado era sempre uma mulher triste ou com uma cara de esnobe (sobrancelhas! aí está o truque, que ainda não sei). Enfim, depois de várias tentativas (pensei até em deixá-la sem rosto, repetindo a obra anterior), resolvi que a mulher estaria de costas. E dá-lhe preto da tela!
Já o homem não me deu trabalho. Apenas seus cabelos longos, que surgiram após um traço equivocado. Solução: alongar as madeixas do rapaz. Até que gostei!
Bom, Casal de cor (com o "ó" aberto) é o quarto quadro que pinto com as mãos (os pincéis estão pela hora da morte!). É uma entre as muitas tentativas que venho fazendo para avançar no mundo das tintas, das misturas e, para mim, das viagens por cenários múltiplos. Cada quadro é isso: uma verdadeira viagem, para quem quer aprender de cor que em qualquer caminho "amar é o que basta" (licença para citá-lo, ok?). MLCM
P.S.: Saber de cor - quem ama algo, não o esquece. Portanto, quem sabe algo de coração, vai lembrar-se disso para sempre. "Saber de cor" provém daí.
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Laranja mecânica
...e pensei que, desde que me apaixonei por você, talvez seja movida pela mecânica de amar... Não a mecânica que rege os relógios, sempre os mesmos tempos para os mesmo espaços, mas uma mecânica livre, que às vezes pede pausa e em outras movimento.
MLCM
MLCM
terça-feira, fevereiro 10, 2009
'Mulher sem rosto e taça de vinho tinto'
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Mais um dia 10...
domingo, fevereiro 01, 2009
O tempo (por B.C.)
O tempo, minha amada, é castigo para quem vive do presente. Mas o castigo é ainda maior para quem não tem o presente.
Você ficou 25 anos assim, sem o dia pós dia. Hoje, quando você acordou, me coloquei no seu lugar. Os olhos girando para todos os lados, em busca de uma referência que te prendesse a esse novo presente. Uma referência que a fizesse perceber que o tempo de abstração involuntária perante o mundo realmente chegara ao fim. Acho que me decepcionaria. Os seus sonhos deviam se passar em um tempo onde as coisas eram mais simples.
Olhando nos meus olhos, você finalmente percebeu que, lá no fundo, apesar da confusão gerada pelos pêlos na face, pelas leves rugas nos cantos dos olhos, pelo cabelo desgrenhado com as marcas das preocupações colecionadas ao longo de mais de duas décadas, eu era aquele seu amigo de outrora. Espero que acredite em tudo que vou te contar a partir de agora.
Em 1984, quando você adormeceu, a lógica do big brother, fundada pelo Orwell, era mais amena. Hoje virou programa de televisão, virou doutrina estabelecida na maior nação do mundo. Virou CPI, virou paranóia nos celulares (não sabe o que é isso, né? Depois te explico isso e a Internet, com aulas práticas...) de quem tem algo a dever à sociedade.
Minha amada, naquela época ainda lutávamos contra o que restava de um autoritarismo institucional. Nossa vitória não veio no primeiro momento. As instituições ainda conseguiram derrotar a maior das instituições - o povo - uma vez mais. Mas elas trataram de amenizar a própria estupidez e nos permitiram, cinco anos depois, que escolhêssemos um presidente.
Ah, presidentes... Esses foram destaque. Você não sabe, mas há duas semanas um negro, com descendência muçulmana e africana, assumiu o governo dos Estados Unidos da América. Sim, Ronald Reagan, o bonitão de Hollywood, ficou restrito aos livros de história. O nome do negro é Barack Hussein Obama. Nada hollywoodiano, hã?
Se você já está supresa, deite-se novamente. Nosso primeiro presidente eleito pela vontade do povo foi um bonitão, promissor. Fernando Collor de Mello. Você acredita que ele não durou nem dois anos no cargo? Foi derrubado. Calma! Não foi golpe. Dessa vez, as instituições cumpriram a "vontade do povo". Depois do autoritarismo, seguia uma era de corrupção. A sigla CPI virou moda no Brasil. Comissão Parlamentar de Inquérito. Deputados e senadores investigando até mesmo seus pares e outros figurões do governo.
Pois muito que bem. Tivemos um presidente tampão, cuja ação mais famosa foi reativar a linha de produção dos Fuscas no Brasil. Em seguida, um outro presidente, muito conhecido seu, assumiu. Lembra dele? O Fernando Henrique Cardoso, o sociólogo, que falava sobre a dependência externa brasileira. Pois o sujeito privatizou quase tudo no Brasil. Sabe o que é privatizar? Vendeu as empresas estatais. O Estado, o famoso Estado, foi se encolhendo.
Mas, há quase sete anos, o Brasil teve o seu Barack Obama. Elegemos um torneiro-mecânico, sem instrução, presidente. Mais um daquela nossa época. O Lula! Sim, o sindicalista! Ele é o presidente do Brasil!
Mas, calma... O Brasil não virou mais um aliado do Kremlin no quintal dos Estados Unidos. O Kremlin não é mais o mesmo. A União Soviética acabou. O comunismo perdeu. Lula, o radical, hoje veste ternos de primeira linha, tem cabelos brancos e barba bem aparada. Um gentleman do povo.
Bom, sobre guerras, mortes e intolerâncias, te falo mais tarde. Você ainda está muito fragilizada para ouvir tudo isso. Mas, saiba logo: o mundo continua não sendo um lugar muito simples para viver. Mas ficar de olhos fechados é muito desperdício diante de tantas novidades, não acha?
Você ficou 25 anos assim, sem o dia pós dia. Hoje, quando você acordou, me coloquei no seu lugar. Os olhos girando para todos os lados, em busca de uma referência que te prendesse a esse novo presente. Uma referência que a fizesse perceber que o tempo de abstração involuntária perante o mundo realmente chegara ao fim. Acho que me decepcionaria. Os seus sonhos deviam se passar em um tempo onde as coisas eram mais simples.
Olhando nos meus olhos, você finalmente percebeu que, lá no fundo, apesar da confusão gerada pelos pêlos na face, pelas leves rugas nos cantos dos olhos, pelo cabelo desgrenhado com as marcas das preocupações colecionadas ao longo de mais de duas décadas, eu era aquele seu amigo de outrora. Espero que acredite em tudo que vou te contar a partir de agora.
Em 1984, quando você adormeceu, a lógica do big brother, fundada pelo Orwell, era mais amena. Hoje virou programa de televisão, virou doutrina estabelecida na maior nação do mundo. Virou CPI, virou paranóia nos celulares (não sabe o que é isso, né? Depois te explico isso e a Internet, com aulas práticas...) de quem tem algo a dever à sociedade.
Minha amada, naquela época ainda lutávamos contra o que restava de um autoritarismo institucional. Nossa vitória não veio no primeiro momento. As instituições ainda conseguiram derrotar a maior das instituições - o povo - uma vez mais. Mas elas trataram de amenizar a própria estupidez e nos permitiram, cinco anos depois, que escolhêssemos um presidente.
Ah, presidentes... Esses foram destaque. Você não sabe, mas há duas semanas um negro, com descendência muçulmana e africana, assumiu o governo dos Estados Unidos da América. Sim, Ronald Reagan, o bonitão de Hollywood, ficou restrito aos livros de história. O nome do negro é Barack Hussein Obama. Nada hollywoodiano, hã?
Se você já está supresa, deite-se novamente. Nosso primeiro presidente eleito pela vontade do povo foi um bonitão, promissor. Fernando Collor de Mello. Você acredita que ele não durou nem dois anos no cargo? Foi derrubado. Calma! Não foi golpe. Dessa vez, as instituições cumpriram a "vontade do povo". Depois do autoritarismo, seguia uma era de corrupção. A sigla CPI virou moda no Brasil. Comissão Parlamentar de Inquérito. Deputados e senadores investigando até mesmo seus pares e outros figurões do governo.
Pois muito que bem. Tivemos um presidente tampão, cuja ação mais famosa foi reativar a linha de produção dos Fuscas no Brasil. Em seguida, um outro presidente, muito conhecido seu, assumiu. Lembra dele? O Fernando Henrique Cardoso, o sociólogo, que falava sobre a dependência externa brasileira. Pois o sujeito privatizou quase tudo no Brasil. Sabe o que é privatizar? Vendeu as empresas estatais. O Estado, o famoso Estado, foi se encolhendo.
Mas, há quase sete anos, o Brasil teve o seu Barack Obama. Elegemos um torneiro-mecânico, sem instrução, presidente. Mais um daquela nossa época. O Lula! Sim, o sindicalista! Ele é o presidente do Brasil!
Mas, calma... O Brasil não virou mais um aliado do Kremlin no quintal dos Estados Unidos. O Kremlin não é mais o mesmo. A União Soviética acabou. O comunismo perdeu. Lula, o radical, hoje veste ternos de primeira linha, tem cabelos brancos e barba bem aparada. Um gentleman do povo.
Bom, sobre guerras, mortes e intolerâncias, te falo mais tarde. Você ainda está muito fragilizada para ouvir tudo isso. Mas, saiba logo: o mundo continua não sendo um lugar muito simples para viver. Mas ficar de olhos fechados é muito desperdício diante de tantas novidades, não acha?
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