quarta-feira, abril 02, 2008

Do homem que escreve sem pausas...

Roubei a citação do blog de um amigo que há tempos não vejo, mas sei que estamos conectados...

"E sinto coisas tão boas, Luciano, ondas de energia claras que me sobem Kundalini acima – e então penso que está certo assim, na nossa sede infinita (Drummond) acreditar e levar porrada mas voltar a acreditar e cair do cavalo e não deixar de acreditar e se desenganar e se arrebentar mas continuar acreditando que, de alguma forma, há alguma resposta de humano para humano. E que amar o humano do outro é aceitar e amar teu próprio humano, e que esse é o único jeito, o único way-out possível: procurar no humano do outro a saída do nosso próprio humano sem solução. E na minha memória, amar os pés nus do meu amor na minha blusa roxa. Ou o beijo na boca na escadaria. E pouco importar que tudo tenha sido ou continue sendo fantasia ou carência, porque é assim que as coisas são, e é através disso – e só disso, venusiano total – que posso crescer, e então quero crescer, e não me importo nem um pouco de voltar e acreditar e de ficar todo acesso e mais delicado para olhar as coisas, qualquer coisa." (Caio Fernando Abreu)

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