domingo, setembro 17, 2006

Bombas de sódio e potássio...

De leigo para leigos...

A bomba de sódio e potássio tem importante papel no equilíbrio hídrico celular. Diante da grande porcentagem de água existente em seu interior, a célula tem que dispor de sistemas que mantenham em equilíbrio essa quantidade, tendo, como princípio elementar de funcionamento, as relações das concentrações de íons e proteínas entre os meios extra e intracelular. As concentrações são mantidas graças às trocas iônicas e protéicas estabelecidas entre os meios internos e externos à célula, de tal modo que se mantenham as concentrações ideais de cada íon e proteína em cada meio. A bomba de sódio e potássio é uma das estruturas pertencentes ao sistema de regulagem hidroeletrolítica da célula, sendo responsável, como o próprio nome diz, pela manutenção das concentrações iônicas do sódio e do potássio. A bomba localiza-se na membrana plasmática (que envolve a célula) e depende de ATP (“energia”) para o transporte desses íons (Na+/ K+), principalmente do potássio, cujo trajeto vai contra um gradiente osmótico (o potássio é transferido do meio extracelular, onde é encontrado em pouca quantidade, para o interior da célula, que possui cerca de 30x mais potássio que o meio externo). Assim, sódio e potássio cumprem seus respectivos papéis contribuindo para o equilíbrio hídrico celular.

***
Ela precisou buscar o auxílio da internet para compreender melhor aquela analogia que, mesmo incompreensível, lhe pareceu bastante interessante...

Ela se fez de réu confesso:

- Desculpe, acho que falo demais.

Ele encontrou a deixa para sua metáfora:

- Sabe o que é bomba de sódio e potássio?

Ela soube. Um dia, quando se preparava para prestar vestibular... Mas já não lembrava.

Após uma rápida explicação, que não foi bastante, ele disse que os dois eram como o sódio e o potássio, cada um necessitando de algo diferente que o outro. Necessidades diferentes, mas complementares. Melhor que necessidades, eram habilidades.

E, habilmente, ele a ouvia com atenção e carinho. Tanto mais ela tivesse para falar mais ele se ofereceria para ouvir. Mas não era daqueles ouvintes passivos... Um sorriso ou um olhar eram complementares e dialogavam durante aquele longo (talvez interminável) monólogo.


Ela por sua vez cumpria seu papel. Falar, falar e falar. E falar mais um pouco. Alterada esta composição, feita qualquer interferência nas concentrações de audição e “falação” estaria comprometido o equilíbrio...

Um comentário:

André Kano disse...

Taí, um texto absolutamente verídico! Um beijo carinhoso pra vc...