quinta-feira, maio 29, 2008
Mario Benedetti (e Malu de Bicicleta) - Amor da tarde
quando olho o relógio e já são seis.
Você podia chegar de repente e dizer "e aí?" e ficaríamos
eu com a mancha vermelha dos seus lábios
você com o risco azul do meu carbono."
***
É uma pena você não poder estar comigo
quando olho no relógio e ainda são duas
Você podia chegar de repente e dizer "surpresa!" e ficaríamos
eu iluminada com o azul-verde dos seus olhos
e você com as marcas vermelhas do meu apetite.
segunda-feira, maio 05, 2008
Mais para 'pêssego' que para hortelã
Ao final da apresentação da dançarina Eva Yerbabuena no Teatro Municipal do Rio de Janeiro um grupo maravilhado com a 'degustação' do flamenco molhado e denso compartilhava palpites: "Acho que as letras falam de um lamento..." Entre o lamento e a peleja, aposta de outros, os pouco mais de 60 minutos de espetáculo arrancaram "Olé!" da platéia e fizeram certos pés tremerem no espaço apertado das galerias (não sei como foi lá embaixo...). Embora a estratificação econômica, tal qual no Coliseu, deixe os menos abastardos longe da arena, não acredito que também haja estratificação emocional. Galerias e camarotes pareceram vibrar com a agilidade e precisão das batidas de pés e mãos. "Olé!"
***
Receita:
Mojito
1 dose de rum branco
Suco de 1 limão
1 colher (chá) de açúcar
Club soda para completar o copo
4 folhas de yerbabuena (ou hortelã)
Amassar levemente as folhas e o açúcar com um amassador. Acrescentar o suco de limão e encher o copo com gelo picado. Adicionar o rum e completar com a soda. Decorar com um ramo da folha e servir com canudo e mexedor. Servir em copo long drink.