quinta-feira, março 29, 2007
Nós e nós
sexta-feira, março 16, 2007
Bobeiras...
-Onde estão minhas asas que deixei com você?
E depois vou prosseguir assim...
-Acho que deixei em algum canto do canto seu quarto...
Não. Péssimo! Apaga toda essa baboseira.
Não vou deixar tão claro... Preparar disfarce.
- Eu esqueci algo com você? Quem sabe aquele pedacinho minúsculo de coração que te emprestei, lembra?
Não. Horrível! Ele vai dizer que não se lembra e que nunca pediu nada emprestado. Aí mesmo que eu vou despencar 40 andares em queda livre.
Não pensei que o tempo passaria tão rápido. E tão rápido perderia as palavras antes tão fartas entre nós. Ainda estou sem entender nada. Não restou sequer uma carta para as explicações finais. Só o abraço no parque e um para cada lado...
Os versos evaporaram com as metáforas... Lembro de você às vezes, quando não há muito o que fazer, quando canso de pensar no presente, quando transbordo de pretensões em relação ao futuro. Só então recolho alguns velhos pensamentos, amarrotados entre as roupas.
Na verdade, lembro de você também quando me perfumo. Ah, lembro quando passo pelos nossos lugares e sigo os passos que caminhamos juntos... E se fizer um esforço - não tão grande, admito - posso até ouvir nossos diálogos. Tínhamos uma rua. Mas escutei outro dia que essa rua não era só nossa. Se essa, se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava apagar. Mas - lamento - ela permaneceria na minha lembrança. Eita! Por que tinha que existir essa coisa que faz a gente desacelerar o carro quando passa em frente àquele lugar especial... Droga!
Ainda tenho que contornar meu receio de ser descoberta em minha nostalgia secreta. Os outros nem podem sonhar, mas esqueci minhas asas no chão do seu quarto. Se achar, não precisa me devolver. Elas já não servem. Certamente, estão pequenas para mim.
Pois é... Acho que cresci um pouco nesses últimos tempos.
quinta-feira, março 15, 2007
É amigo (Em ritmo de samba-canção...)
Ainda não é hora de saltar.
Sei que já te prometi mil vezes
Mas espera um pouco mais...
Nossa forra há de chegar.
Sossega aí do lado
E desculpe pelo falso alarme
Perdoe se de novo fiz você se aprumar
Para a festa do porvir
Eu também pensei
Que nossa hora havia chegado
Mas estou aqui no meio do salão
Sem par nem convite
Eu sei, rapaz
Que não estavas preparado
Para esse precoce desquite...
Confesso: também perdi o ritmo dessa vez
E me pergunto:
“Se foi para desfazer,
Por que é que [ela] fez?!”
Está certo, companheiro...
Que a rima é fraca
E a cantoria desafinada
Mas, vamos, se aquieta um pouco
E curte a madrugada.
Estou tão surpreso quanto você
Mas sabemos de cor e salteado
Nada é tão duradouro
Que um dia não vire passado.
terça-feira, março 13, 2007
The ticket...
Não deixe que estas palavras façam parecer que eu não estou bem. Esta não é a imagem que deve ficar registrada. Sim, não sei direito para onde estou indo, mas isso não é novidade. A boa nova é que antes ninguém esperava que eu chegasse a algum lugar. Apenas eu.
Bom, she's got a ticket to ride and she do care! "She" sou eu. Essa música está martelando na minha cabeça desde segunda-feira. Acho que por eu ter pego a estrada no fim de semana. Estava precisando. A bicicleta está quebrada. Lembra?! Ainda com aquele problema da corrente. Eu pedalo, pedalo e pareço não sair do lugar. Se pelo menos estivesse em uma ladeira... Mas quem pode garantir que os freios funcionariam?
Tenho sonhos estranhos e turbulentos. Sonho que os prazos me atropelam. Ou seria o dia de ontem? Os prazos sempre me atropelaram. Esta também não é a novidade. A boa nova é que antes ninguém espera que eu os cumprisse. Tenho ganho a batalha. Eu 1 x 0 Relógio. Não, não estou pretendendo chegar ao milésimo ponto. E, felizmente, ninguém espera que eu faça isso.
"She's got a ticket to ride..."