quinta-feira, março 30, 2006
PRESSA
terça-feira, março 14, 2006
"EU TE _ _ _"
Entrego-me ao transe de discorrer sobre algo que não conheço. Surpreso, leitor?! E, por acaso, você conhece? De qual tipo? Sim, há tipos, Vários! Conhece o de Camões? Ou o de Vinicius? Ou, quem sabe, não inventou um tipo novo em suas andanças?! Sem problemas, leitor passivo. Não precisa se abrir. Afinal, quem se expôs ao transe fui eu. Exposição, uma atitude difícil, encantadora. Como um quadro na galeria ou como uma bailarina na caixinha musical é fácil. Desafio-o a tentar a exposição tal qual a de um crooner amador que sempre recebe vaias, mas arrisca-se todas as noites a, quem sabe, ser ovacionado. Afinal, conjugar este famigerado sentimento – você sabe qual – é um desafio para iniciantes e doutores. A última é sempre a primeira vez.
Acostumado a rimar sempre com terminações em “OR”, quase me surpreendi pedindo “Por favor!” Surpreso, leitor?! Pois saiba que esse conjugar complicado não aceita orgulho, tampouco vaidade. Rima-se com “dor” e com “felicidade”. Sim, ao mesmo tempo. Ora, sei sabendo! De ouvir dizer, de ver na TV, de ler nos livros, de ver nos aeroportos, nos portos... Claro, rima-se com partida e chegada, com saudade, com cessão, com sessão... É possível rimar com fantasia, com realidade, com perenidade, com eternidade. Mas, devo confessar, estas últimas rimas me parecem bastante escassas, como me parece escasso o.... Você sabe o quê. Como? Medo? Não! Só não quero falar dele hoje. Por quê? Nada de mais, não quero e não vou. Posso voltar ao meu transe?! Obrigada!
Entre um fogo que arde sem se ver e algo finito posto que é chama? Não sei. Não queria me queimar. Inevitável? Você acha? Mas por que cargas d’água tem porque tem que ser desse jeito masoquista? Você ri? É trágico! Sei, engraçado porque não é você que está na berlinda. Eu sei. Conjuga-lo é colocar-se nela, na berlinda. Sim, “lo” é “ele”. Não adianta, não vou pronunciá-lo. Ainda não. Não hoje. Amanhã, talvez. (MLCM)