O beijo - Museé Rodin (Paris)
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Harmonia
(Anderson Sato)
No princípio tudo era novo
Incerto
Inseguro
As mãos e bocas vagavam
Descompassadamente
Seguiam
Permitiam-se a quase tudo
Depois a tudo
A mais que tudo
Das palavras cada vez mais desconexas
O descompasso se tornou sincrônico
As respirações ofegantes se uniram
O suor que escorria na pele
Pingou
Pingou
E pingou
No lençol branco só amassos
E suor
Ambos entenderam que dos erros de cada um
Da falta de tempo de cada um
Do atraso de cada um
A antecipação deles
Acabou por torná-los assim...
Harmônicos
E o galo cantou...
O sol raiou...
Amanheceu
Adormeceram.
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