quarta-feira, dezembro 19, 2007

Fome Zero - 22º dia


Greve de fome facilita o ataque de infecções

REPORTAGEM DA REDAÇÃO LOCAL


Infecções, perda do músculo cardíaco, alterações no sistema digestivo e problemas nas articulações. Essas são algumas das consequências que a greve de fome pode trazer para o ser humano. Segundo especialistas, desde que esteja se hidratando, o indivíduo que se submete ao jejum sobrevive até dois meses sem nenhum tipo de alimentação. No entanto, os resultados graves para a saúde são sentidos a partir do trigésimo dia.Quando uma pessoa pára de se alimentar, sem deixar de ingerir água, o gasto energético diminui de forma significativa, segundo o nutrólogo Durval Ribas Filho. "É o mecanismo de defesa do organismo", disse. Nesse período, o indivíduo fica mais exposto a infeccções e gripes.Desde o segundo dia de jejum, o corpo usa dois meios para obter energia, segundo o biólogo e professor de bioquímica médica da UnB (Universidade de Brasília) Marcelo Hermes-Lima. O organismo quebra proteínas dos músculos, que são transformadas em aminoácidos. No fígado, esses aminoácidos são convertidos em glicose. O fígado exporta a glicose para o sangue, que volta a alimentar os tecidos, principalmente o cérebro. Em paralelo, o corpo também usa a gordura do tecido adiposo para fornecer energia."Durante o período de jejum prolongado o indivíduo perde, em parte, a capacidade de absorção intestinal por falta de uso do tubo digestório", disse o professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Osmar Monte. (AFONSO BENITES E LARISSA GUIMARÃES)




"Acusam-me de inimigo da democracia por estar em jejum e oração combatendo um projeto do governo federal autoritário, falacioso e retrógrado, que é o da transposição de águas do rio São Francisco. "
(Dom Luiz Flávio Cappio, carta publicada na Folha de São Paulo há alguns dias...)

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