Malu conheceu uma senhora cujo filho, esquizofrênico, está internado. Ao escutá-la narrar seu sofrimento de mãe vendo as ilusões da mente perturbada de seu filho, ela fingiu uma força que desapareceu mais tarde, quando veio um choro inexplicável.
"Ela" se destaca mais pela paixão de suas esculturas, pela riqueza de sua percepção do mundo modelada no barro, no bronze... Mas era a "loucura" de Camille Claudel que se fixara na mente de Malu enquanto ouvia a senhora. Aquela mãe contava algumas das alucinações de seu filho, que comemora todo dia o aniversário da irmã e não se alimenta porque seus olhos lhe pregam peças e acusam a existência de bichos em sua comida. A agressividade de um jovem, vítima das seqüelas da dependência química, e o descontrole sobre os instintos sexuais são episódios deprimentes de uma vida esmagada pela loucura.
Mas o que é a loucura? Serão os loucos realmente loucos? Serão os sãos realmente sãos?
O que dizer para aquela mãe? O que "Malu no país das maravilhas" pode dizer? Apenas que todos temos nossas "loucuras", nossas alucinações. Malu de bicicleta teme a escuridão. Tenta se convencer do contrário, mas quando confrontada com a imprevisibilidade que há na ausência de luz ela imagina que há pessoas a espreitá-la. Há casos sérios de pessoas que têm graves alucinações ao se apropriar de coisas alheias e afirmarem convictas total inocência no banco dos réus ou das CPIs da vida. Há outros que passam a vida desejando que o fracasso alheio se traduza magicamente em seu sucesso instantâneo. Cadê as camisas de força?! Estariam escassas no grande mercado da impunidade?!
A loucura é algo dolorido - não deixo de imaginar Camille quebrando todo seu ateliê pouco antes de ser internada. Mas também é curioso pensarmos que os loucos de hoje podem ser os gênios criativos, a escultora brilhante, o inventor magnífico... Tudo no magnífico amanhã, o senhor dos contrastes. Para Malu, um reservatório empolgante de possibilidades e um enorme e assustador buraco negro, cheio de imprevisibilidade.
O que dizer para aquela mãe? O que "Malu no país das maravilhas" pode dizer? Apenas que todos temos nossas "loucuras", nossas alucinações. Malu de bicicleta teme a escuridão. Tenta se convencer do contrário, mas quando confrontada com a imprevisibilidade que há na ausência de luz ela imagina que há pessoas a espreitá-la. Há casos sérios de pessoas que têm graves alucinações ao se apropriar de coisas alheias e afirmarem convictas total inocência no banco dos réus ou das CPIs da vida. Há outros que passam a vida desejando que o fracasso alheio se traduza magicamente em seu sucesso instantâneo. Cadê as camisas de força?! Estariam escassas no grande mercado da impunidade?!
A loucura é algo dolorido - não deixo de imaginar Camille quebrando todo seu ateliê pouco antes de ser internada. Mas também é curioso pensarmos que os loucos de hoje podem ser os gênios criativos, a escultora brilhante, o inventor magnífico... Tudo no magnífico amanhã, o senhor dos contrastes. Para Malu, um reservatório empolgante de possibilidades e um enorme e assustador buraco negro, cheio de imprevisibilidade.
"Mais louco é quem me diz que não é feliz..."
Um comentário:
Malu, você é uma LOOOOOOUCURA!
Te amo,minha linda...
Postar um comentário